sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Um Natal longe de casa...

(Fotos no Orkut)



Como comentei em meu último post, vim para a Cidade do Panamá na última segunda feira visitar alguns amigos brasileiros. A viagem foi bem longa, 17 horas de ônibus sendo que 3 destas parados na fronteira enquanto apenas uma pessoa atendia a mais de 100 pessoas que ali estavam. O ônibus era confortável (como os Cometas que ligam SP-BH) e um detalhe interessante – prezam pela higiene do veículo haha!


Assim que embarcamos, o motorista veio dar o seguinte aviso: “ Temos no veículo um banheiro, disponível apenas para líquidos e por favor respeitem. Caso contrário nossa viagem será difícil. Caso queiram realizar necessidades sólidas, me avisem...iremos parar e esperar até que termine.”


Fiquei imaginando a seguinte cena: “Motorista, preciso fazer sólidos, por favor, pare”! E todos esperariam... Imaginem o que as pessoas do ônibus diriam depois que você retornasse... Nem quis arriscar!


Esse foi meu primeiro Natal longe de casa, longe da família. Bateu aquela saudade, sobretudo ao falar ao telefone quando no Brasil já era quase meia noite, mas isso não fez do nosso Natal pior, pelo contrário, tentamos aproveitar ao máximo a ocasião aqui no Panamá.


Nos reunimos na casa da Cintia, uma amiga do Brasil - como é bom reencontrar as pessoas que gostamos - encomendamos comida chinesa e cada um trouxe bebidas de seus países – Brasil, Coréia, Panamá, França, Venezuela e Colômbia (imaginem a mistura :) )! Ao final teve até brigadeiro, uma experiência diferente ao lado de pessoas que não se conhecem muito bem, mas que a distância de casa nos aproxima uns dos outros!


Aos meus amigos e familiares, desejo um Feliz Natal, muita paz, saúde e um mundo melhor em 2010, repleto de energias positivas e realizações! Espero reencontrá-los em 2010, seja no Panamá, Costa Rica, Brasil ou pelo mundo afora.


Quarta embarco para o Caribe...próximo post promete!!!


Abraço!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Y despues de 1 mes...


Ontem completaram-se 30 dias que cheguei aqui na Costa Rica - um país que aos poucos estou aprendendo a gostar, que tem me feito questionar algumas escolhas e tem me colocado mais próximo da natureza já que em São Paulo isso raramente ocorria. Tenho a sensação de que esses 30 dias passaram rápidos e ao mesmo tempo, olho para frente sem a mínima noção do que virá pela frente nos outros 11 meses que me restam por aqui. E acho que é assim que tem que ser, deixar-se levar por uma série de novas experiências que têm me proporcionado conhecer, sem planejar, muitas coisas que até então não imaginava. 

A vida por aqui está de certa forma mais consolidada – no trabalho desafios pela frente em meio a metas e projetos que irão demandar bastante esforço. Em casa, ainda sem internet, o porto riquenho que vive comigo já dá sinais de bom humor, as vezes sorri e diz bom dia quando acorda e me encontra na cozinha. Ah, alguns dias atrás eu encontrei uma TV usada no guarda-roupas e agora temos o que assistir nas noites que antes eram bem silenciosas. A programação não é das melhores, mas me divirto nos concursos de cumbia e salsa que rolam diariamente, tem também “Os Simpsons” e novelas brasileiras, em espanhol - imaginem! Estou também aos poucos conhecendo mais pessoas – AIESEC, couch surf, Novartis e outros círculos de amizade que contribuem para que a experiência seja a melhor possível. 

Alguns dias atrás houve a festa de Natal da empresa e decidiram fazer a festa em estilo country. Achei engraçado e perguntei o porquê, mas não havia um motivo em si, apenas uma forma de tornar o ambiente mais divertido e por isso, encarnei o vaqueiro e fui a caráter, fui até no touro mecânico depois de algumas cervejinhas!

Tive também a oportunidade de conhecer Poás – um parque que abriga um vulcão com o mesmo nome e que tem a segunda maior cratera do mundo. Não dá para descrever por aqui a sensação, só visitando e aguardando alguns minutos até que a neblina se desfaça e te permita presenciar algo único, PURA VIDA!






A equipe brazuca ficou maior por aqui nos últimos dias - agora somos 6! Itajubá (2), Ribeirão Preto (2), Brasília (1) e em breve chega o Tiago de Curitiba que irá trabalhar na mesma divisão que eu. Não estamos muito perto uns dos outros, mas na medida do possível nos encontramos. É sempre bom ter pessoas do mesmo país por perto!

Agora eu estou de férias (sim, depois de 1 mês eu mereço hehe) e amanhã mesmo embarco para a Cidade do Panamá onde irei visitar dois grandes amigos – a Cintia que fez parte da diretoria nacional da AIESEC comigo e o Parafa de Campinas. Vamos passar Natal juntos e de lá saímos para Bocas Del Toro no Caribe onde passaremos a virada do ano com mais 15 brasileiros – réveillon ou carnaval?! :) Detalhes no próximo post...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Adaptando-se a rotina


Depois de três semanas por aqui, começo a me adaptar ao estilo de vida e a rotina diária que me propus a viver neste 1 ano que ficarei na Costa Rica. Engraçado foi perceber isso quando saí do supermercado e reparei que carregava uma sacola de tortillas, ovos e molho chipotle, ou seja, meus hábitos estão realmente mudando!


Todos os dias acordo às 6:30 da matina, tomo meu banho, me arrumo e às 7 tenho que bater na porta do quarto do Juan, o porto riquenho com quem divido o apê e insistir para que ele acorde, pois caso contrário, o cara dorme o dia todo. Faço essa boa ação todos os dias.


O café da manhã ainda está tipicamente brasileiro – pão de forma, frios, cereais, leite e suco de laranja (o mais barato por aqui, pois as demais frutas em polpa são bem caras). Todas as manhãs por volta de 7:30 a Julie, uma das gerentes da empresa passa por aqui e nos dá carona até o trabalho.


Confesso que nos últimos dias no trabalho tenho ficado boa parte do tempo ocioso, sem muito que fazer e de certa forma perdido em relação ao que esperam de mim. Como a pró-atividade é uma das características básicas para aqueles que se propõem viver uma experiência internacional, resolvi me colocar a disposição para ajudar os gerentes e diretores, o que me permite entender diversos processos que envolvem desde a construção de uma simples planilha até o complexo lançamento de um novo produto que acaba de chegar na América Central.  Numa dessas, tive a oportunidade de conhecer a Young&Rubicam daqui e participar da aprovação do budget publicitário para 2010 – quanta diferença quando se faz comunicação com verba hehe, tinha até me esquecido!


Trabalho de segunda a sexta, entre 8 e 17 horas – as pessoas da Novartis são super atenciosas e divertidas. Quem cuida do bem estar dos funcionários é a Patricia, uma simpática senhora que nos brinda todos os dias com frutas frescas e café quente!  Outra coisa que me deixa bem feliz é a máquina mega multi funcional que tem café, leite quente, cappuccino, chocolate quente e outras  bebidas que me ajudam a matar o sono que sempre bate depois do almoço. E sem falar que temos um Wii no lounge da empresa, bom para aliviar o stress hehe!


Ah almoço...isso tem sido um problema! Comida aqui é bem cara, cerca de 9 dólares um prato executivo e por isso muitas vezes acabo em restaurantes fast food, então revezo entre saladas, sanduíches, pizzas e tacos, assim diminui a sensação de que só estou comendo porcaria. Os jantares eu mesmo tenho feito em casa e aí sim, faço coisas decentes!


A volta para casa depois do trabalho é uma viagem (e olha que para quem morava em São Paulo até três semanas atrás, isso parecia normal). Pego um ônibus (não são as busetas heredianas) que se chama Periférica, daí vocês imaginam. É como um circular e por isso gasto cerca de 1hra e 15min todos os dias até chegar a San Pedro, distrito em que moro. Na maior parte das vezes durmo ao som das salsas e merengues que tocam nas rádios daqui.


Bom, nos fins de semana  tenho tentado conhecer novos lugares e pessoas – é incrível como em 2 horas de conversa você faz amizades com pessoas tão diferentes mas que estão aqui na mesma situação que eu: adaptando-se a  diversidade em todos os sentidos, tentando tirar o melhor e aprender com cada situação, por mais adversa que sejam. Praias, vulcões, montanhas, salsas e churrascos “brasilamericanos” regados a cerveja Imperial (típica daqui) têm sido os programas mais comuns. Vamos ver o que será a programação nesse que se aproxima. Mais notícias em breve...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Pela ótica da sustentabilidade

Na semana em que acontece o COP 15 em Copenhague na Dinamarca – encontro organizado pela ONU que reúne as lideranças de 192 nações para discutir e talvez chegar a um acordo comum para redução do aquecimento global – a sustentabilidade entra como o principal assunto em pauta em grande parte dos veículos de comunicação espalhados pelo mundo, alguns por que realmente acreditam e defendem o tema, outros por conciliar interesses políticos e, sobretudo monetários. 

Desde que eu cheguei à Costa Rica, há pouco mais de duas semanas, tenho observado bastante o que se faz por aqui em relação à sustentabilidade, sobretudo ambiental, já que se trata de um país que mesmo sendo menor do que o estado de São Paulo abriga em seu território 4% da biodiversidade do planeta. Isso mesmo, 4%!

Minha primeira percepção vem do ambiente de trabalho – aqui não se fala no assunto e o consumo de alguns recursos é feito sem nenhuma recomendação ou tentativa de educação ambiental aos colaboradores: papel, energia, água, tinta, enfim... Vejo aqui uma boa oportunidade para impactar as pessoas que estão ao meu redor neste 1 ano que permanecerei no país – acredito muito que uma pequena iniciativa como essa pode sim modificar atitudes e quem sabe ser reproduzida por aí! (Dou notícias disso depois).


Indo além do ambiente de trabalho, tenho reparado nas ruas e nos hábitos dos moradores, sem generalizar. Por aqui não há coleta seletiva (pelo menos não vi até este momento), poucas lixeiras estão espalhadas pela cidade de San Jose e algumas vezes se esbarra com esgotos abertos pelas ruas. Perguntei a um dos meus vizinhos se não poderíamos separar o lixo e ele me respondeu: “Poderíamos, mas para que? Tudo irá para o mesmo lugar!”. 

Mesmo depois dessa resposta o meu otimismo se manteve e resolvi buscar informações mais detalhadas sobre o assunto, afinal, deveriam existir pessoas por aqui que se preocupam e querem contribuir de alguma forma para um mundo melhor. 

Descobri que a Costa Rica é um exemplo para muitos países quando o assunto é turismo sustentável – vejam sobre o Programa de Certificação para a Sustentabilidade Turística (CST) - o modelo adotado aqui já está sendo “exportado” para outras nações. Curioso é que grande parte dos hotéis que adotam o modelo são de pequeno porte e as grandes redes hoteleiras ainda não se convenceram de que as práticas sustentáveis vão ser benéficas para o negócio e conseqüentemente para os clientes...espero que não demorem a enxergar o planeta pela ótica da sustentabilidade.

Outro fato interessante é o Programa Viagens Limpas, que permite aos passageiros compensar as emissões de gases de efeito estufa liberadas em seus vôos pagando por atividades de conservação de florestas. Até 2008 quase 700 pessoas tinham contribuído, 30% de costa riquenhos e o restante turistas de diversas partes do mundo.

Em relação às áreas de preservação ambiental do país, li sobre o “Sistema de Pago por Servicios Ambientales”, por meio do qual se recompensa economicamente os proprietários de bosques e terrenos florestais que executem projetos de conservação, regeneração natural e reflorestamento. 

Essas são apenas algumas curiosidades que pesquisei sobre o assunto e achei interessante compartilhar. Muitas iniciativas como essas existem, porém, são ainda desconhecidas e pouco difundidas para a população em geral – talvez por isso não sejam tão visíveis e colocadas em prática de forma simples e é disso que tenho sentido falta por aqui. Atitudes simples e que por menores que sejam irão colaborar para o bem comum, aqui na Costa Rica e no restante do planeta. 

Algumas iniciativas que acredito e estão mobilizando pessoas em torno:



Enquanto os líderes discutem em Copenhague - e provavelmente as respostas irão demorar certo tempo para se traduzirem em ações práticas que beneficiarão o futuro do planeta - cada um de nós deve ir fazendo a sua parte! como pode!

P.S - Vídeo de abertura da COP15, vale a pena parar 4 minutos para assistir:

http://www.youtube.com/watch?v=NVGGgncVq-4

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pintos, busetas e boquete – un poco que pasa aquí



Confesso que quando pensei neste título para o segundo post que escrevo aqui da Costa Rica fiquei um pouco preocupado. A primeira coisa que pensei foi na possibilidade do Google bloquear os meus updates no Orkut e colocar aquela mensagem do tipo - “Este conteúdo é inapropriado para menores de 18 anos, deseja prosseguir?” – para aqueles que visitassem o meu blog. Resolvi arriscar assim mesmo!


Pintos, busetas e boquete – não, não é nada disso que você está pensando J Desde que cheguei aqui algumas palavras habituais aos ticos (como são chamados os nativos da Costa Rica por utilizarem as palavras no diminutivo, como um poquitito por ex.) me tiram a seriedade em meio a conversas que supostamente eu deveria estar atento, concentrado. Alguns exemplos e para aqueles que me conhecem, logo irão imaginar a minha reação ao escutar J :


- “Mi gustaria um pinto com huevos!”
- “Vamos tomar una buseta, rápido!”
- “Mi voy tomar una buseta en la noche.”
E se já não bastasse, hoje me disseram: “Usted va en Panama? Tiene que conocer lo Boquete!”


Como disse, não era o que estavam pensando...Pinto, ou Gallo Pinto como mencionei no primeiro post, é a comida mais típica para o café da manhã aqui na Costa Rica, uma mistura de arroz com feijão que temos as opções de pedir com ovos, carne de boi, frango ou presunto. As busetas são os micro ônibus que circulam o país entre uma província e outra, como “Las Busetas Heredianas” que ligam San José a Heredia. Finalmente o tal do Boquete – um vilarejo localizado na fronteira entre Costa Rica e Panamá e que muitos optam por passar a noite lá quando o serviço de imigração está fechado. Abaixo algumas fotos que comprovam os fatos! Se fosse no Brasil a interpretação  era outra...








 
Nos últimos dias coisas interessantes ocorreram por aqui. No fim de semana fui com um amigo do Brasil, sua namorada, um americano maluco e o turco que citei anteriormente para Manuel Antônio – trata-se d e uma pequena cidade a 2 hrs de San Jose que abriga um Parque Natural sensacional, cercado pelo oceano Pacífico. Depois de uma baladinha no sábado a noite na qual foram-se embora todos os colones (moeda local) que eu tinha no bolso, pegamos um taxi para casa e quando meus amigos subiram para pegar a grana... Bienvinido a Costa Rica! O motorista do táxi simplesmente roubou o meu boné, me empurrou do carro e fugiu. No outro dia me disseram – “Vc teve sorte que ele não fez nada pior!” 6 dólares em troca do boné, assim foi pago o taxista que provavelmente vendeu o mesmo boné por 10 dólares na praia no dia seguinte.






 
Ah, e lembram-se do turco, aquele gente fina do último post?! Pois é, o gente boa resolveu sair do apartamento que dividíamos sem dar muita explicação. Trocou de lugar com o Porto Riquenho que morava ao lado. O cara é bem fechado, não sorri e até agora foram poucos os diálogos, o que tem contribuído bastante para a nostalgia que se instala por aqui em alguns dias da semana, sobretudo domingo – até o Faustão faz falta nessas horas. O Lombardi então, vai fazer prá sempre agora...


No trabalho, a semana começou um pouco confusa, sem jobs definidas e muitas horas ociosas na empresa , mas hoje o cenário mudou. Recebi a notícia que serei responsável por garantir que as estratégias de promoção da empresa em 2010 sejam executadas em todos os países da América Central e Caribe – imaginem mais de uma dezena de produtos que são produzidos em diferentes continentes, têm as embalagens e os encartes impressos na Costa Rica, o brinde promocional comprado em Cingapura e o empacotamento realizado no Panamá – são basicamente esses os processos que terei que garantir e mensurar o impacto da promoção nas vendas – salve salve Excel e skype!





Nas próximas semanas outros brasileiros chegam por aqui e já começamos a programar a virada do Ano no Caribe, we`ll rock! Antes disso, Natal, ainda sem a mínima idéia do que será e sem nenhuma possibilidade do Papai Noel passar por aqui com presentes, foi-se o tempo... Antes disso, novos updates virão! Abs.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pura Vida mae, Pura Vida!


Pura Vida mae, Pura Vida!
(Fotos em breve)

É assim que as pessoas aqui se cumprimentam (leia-se mae com acento agudo máe). Pura Vida significa algo como “Estou bem, excelente!” – e é assim que espero mantê-los atualizados sobre o que acontece por aqui.
A partir deste post começa-se uma nova trajetória que irei viver por pelo menos 365 dias. Mesmo assim, optei por manter o mesmo blog que usava quando fiz parte do comitê nacional da AIESEC no Brasil, afinal, a oportunidade que tenho neste momento é resultado de uma série de experiências que pude viver nos últimos 4 anos nessa organização.
Vamos aos updates...
Desde o último sábado, dia 21 de novembro, estou morando em San Jose, capital da Costa Rica – país da America Central que faz divisa com o Panamá ao sul e Nicarágua ao norte, além da costa caribenha que cerca boa parte do país ao leste. Confesso que no início não me imaginava por aqui, mas depois de tanto buscar, veio uma oportunidade profissional que me fez aceitar o desafio e mergulhar nessa nova cultura que agora estou presenciando.
1-      A chegada até aqui:
Tranqüila. Bem mais que eu imaginava. Foram cerca de 7hrs e meia de vôo saindo de São Paulo com conexão em Lima no Peru e finalmente, San Jose. Pontualidade, bom atendimento e a única exceção foram as refeições servidas durante a viagem... Leia-se classe econômica.
Ao chegar, a burocracia na imigração acabou sendo maior que eu imaginava, mas depois de 20 minutos de conversa em portunhol, fui liberado e entre i no país. Tinham duas pessoas da AIESEC me esperando e pude conhecer um pouco da região.
2-      Primeiras impressões:
Pessoas pacientes, receptivas, alegres e amigas – sangue latino hehe! O país é pequeno, porém, as províncias são distantes umas das outras e isso nos dá a impressão de grandeza quando na verdade estamos em uma área menor que o estado de São Paulo.
Muitos americanos estão por aqui, vivendo em áreas bem privilegiadas que abrigam condomínios que se parecem resorts, inclusive pude conhecer um deles no fim de semana passado já que um amigo brasileiro está morando em um! Com os americanos vieram dezenas de restaurantes fast food, por toda a parte, de todos os estilos – disso eu não sentirei falta.
A cidade de Sam Jose é totalmente cercada por montanhas e alguns vulcões – ainda não tive tempo para visitá-los, mas farei.
Ah, no dia em que cheguei fui recepcionado em uma balada que se chama Rumba – o nome indica o ritmo que predomina lá dentro! Rumba, salsa e algumas poucas músicas eletrônicas. Gente, o pessoal aqui vai ao delírio na pista de dança quando toca “Meu calhambeque” do Roberto Carlos haha, em ritmo de salsa, passei mal rsrs!
Notei também que o sentimento de insegurança está instalado entre todos que moram aqui e isso faz com que inclusive os candidatos a presidência para 2010 tenham como slogan “La seguridad”, todos eles. O trânsito é bem caótico, as ruas não têm endereço (Sim, você tem que fornecer as direções de acordo com os pontos cardeais para que possam encontrar sua casa – 100 metros a leste, 200 ao norte e etc), e por incrível que pareça muitas coisas são mais caras que no Brasil, outras não.
3-      O trabalho:
Estou trabalhando na Novartis, uma das 5 principais indústrias de medicamentos do mundo, de origem suíça, com sede em Basel. Para mim tem sido algo totalmente novo – não me imaginava no meio farmacêutico até então.
As pessoas da empresa são fantásticas, mega atenciosas, disponíveis, educadas e bem humoradas. Esse clima em contribuído para amenizar a saudade que bate nos finais dos dias. Somos ao todo cerca 90 funcionários que ocupam dois andares de um dos principais edifícios de business do país – El Torre Mercedes.
Aqui na Costa Rica somos responsáveis também pelas estratégias que serão implementadas em Nicarágua e Honduras, isso torna o trabalho mais desafiador. A empresa tem três divisões: Mass Market, Retail e Specialties – medicamentos com e sem receitas que se aplicam a diversos casos, varejo e doenças crônicas que exigem tratamento especial.
Depois de três dias d induction na empresa conhecendo todas as divisões e principais processos, ontem fui alocado em meu primeiro projeto – resumindo faço parte agora da divisão de Retail e serei responsável por executar uma estratégia para reforçar a relação Novartis – pontos de vendas, nos três países que somos responsáveis. Desafios a vista!
4-      Estilo de vida
Estou morando em San Pedro, um distrito da província de San Jose. Divido um apartamento com o Burak, um turco que trabalha comigo na Novartis, gente fina o cara. Ao nosso lado, outros três apartamentos hospedam trainees que também vieram pela AIESEC –Eslováquia, Estônia, Porto Rico, Brasil e Turquia são alguns dos países que estão por aqui.
Todos os dias tenho uma carona às 7:30 para ir trabalhar e volto de ônibus às 17:00. Ainda não pude conhecer quase nada turístico, mas esse fim de semana vou me arriscar pelo país. epois mando mais detalhes e em breve fotos daqui.


Abraço a todos!


terça-feira, 7 de julho de 2009

Acabou...boa sorte!


Esse post marca o final de uma série de experiências fantásticas e enriquecedoras que tive a oportunidade de vivenciar ao longo destes quase 4 anos na AIESEC, a última delas, a mais intensa no escritório nacional em SP, ao lado de 10 pessoas mais que especiais.

Pela AIESEC visitei outros países, conheci literalmente milhares de pessoas de diversas partes do planeta, fiz grandes amizades, tive minha segunda família. Aprendi a negociar, me apresentar em público, planejar, liderar pessoas, entender pessoas...aprendi a perder, levantar a cabeça e continuar, sem olhar demais para trás.

Liderar uma organização, formada por jovens e totalmente gerida por jovens, foi até hoje o desafio mais prazeroso que a vida me proporcionou. Mais que profissional, você se desenvolve pessoalmente de uma forma difícil de descrever em palavras. Nesse meu último ano na AIESEC no Brasil, pude experimentar de forma intensa, as diversas sensações que a vida lhe oferece. E são tantas...

Com cada uma das 10 pessoas que compartilharam os últimos 365 dias em uma mesma casa comigo, aprendi algo que levarei sempre: empreender, refletir antes de agir, organizar, perceber o outro ao seu redor, persistir, desafiar, ouvir, viver de forma simples e como minha grande amiga Cintia definiu seu legado para nosso time - "Alegria por alegria, dar risada do que é simples". :)


Saio dessa organização realizado, feliz por tudo o que vivi, aprendi, errei, corrigi e deixei como legado junto com as pessoas que estavam comigo. Saudade? Muita! Como faz...mas faz parte de um ciclo que desde o momento em que me propus a seguir adiante sabia que esse momento iria chegar.

Continuarei um expectador, independente de onde estiver, dessa organização que me permitiu ir além e me fez perceber o quanto somos capazes de impactar e transformar vidas, para melhor. Estarei assitindo e aplaudindo de pé a cada resultado, a cada avanço e continuarei contribuindo da maneira que for possível.


Obrigado AIESEC no Brasil por terem me permitido viver tudo isso. Obrigado Bê, Conrado, Cintia, Márkel, Lubi, Pablito, Mari, Super, Ju e Li por terem feito da vida o melhor espetáculo que fiz parte! E o show tem que continuar...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Perto do final...ou será o começo?

Estou há algum tempo sem atualizar meu blog, mas hoje, mesmo ainda um pouco cansado, resolvi colocar aqui algumas das diversas sensações que sinto nesse momento único pelo o qual passei nos últimos 8 dias. Cheguei há três dias da CONADE, a Conferência Nacional de Desenvolvimento Estratégico da AIESEC no Brasil, um encontro que marcou uma série de mudanças altamente estratégicas para a organização. Tivemos uma agenda intensa, voltada para planejamento e que exigiu um altíssimo nível de energia de todos que estavam envolvidos na organização do evento, que reuniu mais de 450 pessoas em Atibaia, interior de São Paulo.

A CONADE marca também o final da nossa gestão como diretores nacionais da AIESEC, e é aí que as diversas sensações se encontram. Há algum tempo vínhamos nos preparando para este momento, pensando em como seria, o que iríamos dizer, quais os resultados apresentar, enfim. No último sábado, após o report de tudo o que foi atingido ou não no último ano, era hora de se despedir da rede e apresentar o novo time que irá nos substituir a partir de junho.

Antes de cada um discursar sobre o que representou este último ano em suas vidas, uma série de fotos foi projetada no telão, relatando os principais momentos que o nosso time viveu. Emoção é pouco para descrever o que sentimos ao rever um ano tão intenso ao lado de pessoas tão especiais.

Descrever essa experiência para as pessoas que assistiram a cerimônia não foi fácil – é complicado traduzir em palavras o quanto essa experiência te molda como indivíduo, já que além do desenvolvimento profissional, ela afeta o pessoal e lhe faz olhar para o outro e simplesmente aceitar a diferença, e como somos diferentes. Basta imaginar que 12 pessoas dividem uma casa, trabalham 8 horas por dia e ainda convivem durante os fins de semana juntos J, quase sempre.

Com cada um você aprende algo, ganha novas perspectivas e desenvolve uma habilidade, e eu tive a sorte de fazer parte de um equipe que o nome “Circus” conseguiu traduzir muito bem toda a nossa motivação, performance e descontração vividas entre junho de 2008 até agora. Claro que não apenas de momentos bons vive um time, mas posso dizer que passamos esse último ano sem muito stress e aproveitamos juntos cada segundo, cada um com suas preferências, porém, quase sempre em sinergia.

Em um primeiro momento, bate aquele sentimento de “sentirei saudade” ou ainda “como será acordar daqui há pouco mais de 1 mês sem essas pessoas ao meu lado”, e sem dúvida vai ser muito estranho. Mas ao mesmo tempo, me senti realizado, feliz com o legado e as conquistas que estamos deixando – ao olhar para trás e perceber que tudo isso ocorreu em 1 ano, fico orgulhoso!

Nossa gestão oficialmente acaba dia 30 de junho e daí para frente cada um buscará atingir seus planos, sem abandonar os valores e todo o aprendizado obtido nos últimos anos. Continuarei parte da organização, serei um alumnus extremamente grato por tudo o que me foi proporcionado e quero um dia retribuir de alguma forma, o futuro dirá como. Até o dia 31 muita coisa ainda vai ser entregue, o ritmo continua o mesmo e como ele se mistura a nossa ansiedade em saber o que nos aguarda daqui há 1 mês e meio – independente de onde cada um estiver, já combinamos que o “Circus”continuará integrado e sempre que possível nos reuniremos para relembrar o que esse ano representou em nossas vidas, uma escolha muitas vezes questionada mas que no final não arrepende-se sequer um segundo de ter vivido!

terça-feira, 7 de abril de 2009

A comunicação e a crise

Há algum tempo temos ouvido falar sobre a crise econômica - seus efeitos pelo mundo, algumas de suas causas, ainda não tão claras, e como esse cenário modificará a maneira de pensar e agir dos líderes, em qualquer que seja a esfera de atuação.

Aqui na AIESEC ouvimos bastante e pouco tínhamos discutido, pouco havíamos pensado e questionado qual seria o nosso posicionamento e os principais argumentos que poderão fazer com que não tenhamos um impacto negativo nesse momento.

No último fim de semana nosso time se reuniu em Campos do Jordão, SP, para o último Team Days da nossa gestão. Foram 3 dias em uma casa de campo pensando, discutindo e traçando estratégias que irão, mesmo com a crise, gerar o crescimento que esperamos nos próximos 3 meses, quando acaba nosso papel como diretores nacionais.






O que causou a crise? Porque crescemos? O que fazer para continuar esse crescimento? Foram algumas das questões levantadas nesses 3 dias para que servissem de base para nosso planejamento. Levantamos contra argumentos para a crise, elencamos setores que nos darão mais possibilidades e desenvolvemos novos produtos.

Todas esses pontos me fizeram refletir sobre o papel da comunicação neste contexto e como aproveitá-la para se sobresair em um momento de instabilidade econômica.

Ao analisar de forma rápida, percebe-se dois movimentos por parte das organizações: aquelas que cortam os investimentos em marketing e comunicação e aguardam a crise passar sem a segurança de que continuarão com o mesmo posicionamento no mercado em que atuam. Ou aquelas que fazem o oposto, aumentam os investimentos nessas áreas para garantir que durante o cenário instável irão destacar-se das demais e isso possibilitará novas perspectivas quando tudo passar.

No nosso caso optamos pela segunda opção. A comunicação e o marketing darão suporte a todas as estratégias que traçamos para crescer - gerar mais experiências internacionais para aqueles que estão na AIESEC desenvolvend0-se pessoal e profissionalmente. As metas são ousadas e isso nos obrigou a rever todo o direcionamento organizacional - mudanças de jobs, realocação, corte de algumas ações, priorização de outras e sobretudo, alinhamento de toda a rede no Brasil, afinal, são os escritórios da organização que entregam os resultados.

Engraçado pensar que faltando 3 meses para acabar nossa gestão uma mudança como essa ocorra. Na AIESEC isso é normal, considerando que em 1 ano tanta coisa acontece. Meu papel agora é levar essas mudanças ao meio externo, desafios não faltam, mas isso é o que mais tem me motivado. Depois de 9 meses percebo que este é o momento de consolidar todo o aprendizado adquirido e construir o legado que tanto pensei quando me propus a viver esta experiência.

Está valendo a pena :)

Próximas atualizações: perspectivas para o meu intercâmbio.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Formado...adaptando-se a nova fase

Engraçado como é a vida! Apesar de clichê, tenho passado algumas horas do dia pensando nisso.

Durante três semanas fiquei em Minas Gerais. Passei meu carnaval em Diamantina pelo sétimo ano e depois fiquei em BH para as cerimônias que me tornariam oficialmente um publicitário, com diploma reconhecido, já que muitos que exercem tal profissão nem cursaram toda a fase escolar.

Eu já estava habituado com a cidade de São Paulo, com a distância da família e dos amigos, com a ausência em únicos e divertidos momentos dos quais eu não podia fazer parte, mas dessa vez foi diferente, bem diferente.

Por duas semanas fiquei envolvido com várias celebrações que terminariam no último fim de semana com o baile de gala, obviamente o momento mais esperado. Após a primeira cerimônia formal com a faculdade me senti muito bem, dever cumprido, mais uma etapa concretizada, enfim formado. Até então tudo bem!


Após missa e colação a ficha ainda não tinha caído de que aquela etapa, por mais que significasse uma realização pessoal para cada um que ali estava, poderia significar também ruptura, distanciamento. E esse foi o sentimento que bateu após o baile. Somente após, pois durante a festa, que por sinal foi sensacional, não consegui parar para pensar nessas possibilidades.

Ao acordar no domingo, que sensação estranha. Formado, feliz, mas ao mesmo tempo voltando para São Paulo, sozinho novamente, deixando para trás tudo e todos que fizeram parte de mais essa etapa comigo e sem saber ao certo o que o futuro me reserva agora que tenho o tão esperado diploma na mão. O diploma na verdade vai para o currículo, mas na prática, o mercado exige muito mais que isso: competências, valores, habilidades, diferencial competitivo, enfim, a formatura te faz perceber que agora você é mais um buscando a oportunidade...e quantos estão nessa junto comigo?

Esses primeiros dias aqui foram bem ruins. Fiquei totalmente perdido, me questionando toda e qualquer escolha que eu havia tomado, relembrando as várias pessoas que nesses últimos 4 anos estiveram comigo, e tentando prever se essas pessoas estarão ou não comigo daqui há mais 4 anos. Alguém consegue saber? Só mesmo a afinidade irá determinar aqueles que ficam e os que apenas passaram.

Alguns já haviam me alertado sobre uma possível "ressaca" de formatura, eu não levei muito a sério. Depois de uma semana percebi que essa ressaca existe sim, e é bem pior do que a do baile. "A vida é assim meu irmão...toda etapa levam pessoas e ficarão aquelas com as quais você tem mais afinidade e te consideram", disse minha irmã lá em BH. É isso aí, mais uma vez vamos em frente sem pensar demais e assim que essa ressaca passar, eu espero trazer boas notícias em relação ao que a tão esperada vida de formado guarda para mim. A vida é mesmo engraçada!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Redefinindo passos

Redefinir, já que o planejado antes não ocorreu. É isso que tenho feito nas últimas semanas, pensado um pouco sobre o que irá ocorrer daqui há 4 meses quando minha gestão como Diretor de Marketing acaba na AIESEC do Brasil. Engraçado imaginar que talvez não estarei em SP, que não dividirei a casa com 10 ou mais pessoas (ultimamente têm 14), que não terei mais o cargo de diretor na asinatura de email e me tornarei alumnus de uma organização na qual estou há quase 4 anos.

Ao mesmo tempo, estou me sentindo bem com a idéia de sair do conforto, de não saber para qual dos 107 países que a AIESEC está eu irei - tenho uma certeza: farei meu intercâmbio profissional, irei trabalhar fora do país com marketing e conhecerei uma nova cultura, se Deus quiser!

Tenho aproveitado esses últimos meses aqui na AIESEC. Há duas semanas fui para Ribeirão Preto ajudar na revisão do planejamento deles, foi muito bom rever o pessoal que eu tenho dado suporte há algum tempo!

Tenho saído bastante em SP também, mas a cidade continua imensa e a cada lugar que eu vou conheço um pouco mais dessa diversidade que quem mora em São Paulo conhece bem.

Como a vida não é só lazer, tenho trabalhado mais ainda, porém, sem sobrecarga, sem stress e cada dia mais satisfeito com o que eu tenho desenvolvido, e aprendido. E como tenho aprendido!!! Marketing de relacionamento, desenvolvimento de produtos, posicionamento on line, padronização e alinhamento em comunicação, enfim...em 1 ano, a experiência aqui no MC (comitê nacional) tem me proporcionado o que eu demoraria bons anos para absorver no mercado.

Espero que esse know-how seja o diferencial para uma carreira bem sucedida, e que me permita, além de trabalhar, manter os meus momentos de lazer. Sobre isso eu tenho refletido bastante, e nessa semana que passou, tive a oportunidade de conversar com a VP RH de uma empresa multinacional que me alertou sobre a ambição que muitos jovens têm hoje e acabam perdendo uma boa parte da vida, virando noites e fins de semana para acumular alguns milhares ou mesmo milhões de reais na conta - "Será que essa vida é sustentável?", ela me perguntou. Ao meu ver não. Quero trabalhar com o que eu gosto, me permitindo viver, aproveitar, afinal a vida passa, e rápido. E com isso eu continuo aproveitando, sem pensar demais, sem ansiedade demais, coisas boas virão, é só acreditar!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

São Paulo e suas diferentes expressões


Ontem a cidade de São Paulo comemorou 455 anos, e mais uma vez, a programação cultural fez parte da agenda do paulistano e daqueles que moram por aqui. Inúmeras exposições, peças teatrais, filmes, concertos, danças e shows puderam ser assistidos de graça pela população nos dois últimos dias.

Eu sai de casa no sábado a noite, assisti ao show do Seu Jorge, e no domingo, Natiruts, CPM 22 e uma banda que me fez voltar ao tempo através das músicas que foram tocadas, Achados e Perdidos. Mais uma vez, pude viver uma experiência multicultural sem sair muito longe de casa.

No Vale do Anhangabaú, milhares de pessoas, de todos os estilos, se reuniram para comemorar o aniversário de uma cidade que não dorme, não para um segundo, e reúne pessoas do mundo inteiro que buscam aqui oportunidades melhores. Quantas expressões em um só espaço! Conversei com idosos, moradores de rua, vendedores ambulantes, estudantes, seguranças, e em todos os rostos, o orgulho de fazer parte daquela festa que celebrava os 455 anos da maior cidade do país. Um senhor que mora no centro á 97 anos contou como viu a cidade avançar, e o que esconde os becos, ruas, bares e apartamentos que compõem o centro antigo de São Paulo, poucos imaginam, segundo ele, poucos sobrevivem ali.

Uma pesquisa na última semana, apresentada pela Folha de SP, mostrou que 53% de quem mora por aqui não trocaria a cidade por outra. Mesmo com todo o caos e agitação, pude ver o orgulho daqueles que ontem cantavam e afirmavam para a multidão "Eu sou de Sampa mano" ou "Esse aqui é o lugar, não tem outro".

Hoje a cidade amanheceu como se nada tivesse acontecido, é como se mais um ano houvesse entrado para um livro, página virada. Quem mora por aqui não tem muito tempo para pensar no que já aconteceu, afinal, a segunda feira te mostra que a semana começou e a rotina faz novamente parte da vida daqueles que aqui trabalham, vivem, ou pelo menos, tentam.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Uma pausa para reflexão

Desde que voltei para São Paulo após as férias, tenho pensado sobre o que farei a partir de junho, meus próximos passos, onde estarei e como estarei. Ainda não sei ao certo o que irá acontecer, se será São Paulo ou qualquer outro lugar do planeta onde aparecerá uma oportunidade que esteja alinhada aos meus objetivos profissionais. Ainda sinto que estou na fase de experimentar, viver novos desafios, conhecer diferentes realidades, pessoas, costumes, opiniões. Portanto, antes de negar as oportunidades que virão, quero analisar com cuidado o que cada uma delas poderá agregar de valor, como profissional, e como indivíduo.

A AIESEC me fez pensar assim. Me fez enxergar pessoas antes de resultados, me fez avaliar antes de julgar, refletir antes de agir, e pensar, mas não pensar demais para não perder momentos inusitados. Há quase 4 anos estou nessa organização, e sem dúvida, foi a melhor escolha que tive quando ao passar pelo corredor da facul decidi saber o que era essa plataforma que supostamente desenvolvia liderança - hoje eu sei que é verdade. É engraçado onde a AIESEC te leva, afinal, o mundo se torna pequeno, sem fronteiras, o ciclo de amizades aumenta, as possibilidades também. Muitos questionam se isso é o melhor, porque não ganhar dinheiro, porque não ir pelo caminho normal, porque não? Só quem vive tenta dizer, tenta, pois não se descreve experiências com palavras.

Agora estou em uma fase estranha. Ontem mesmo conversava isso com o Super, um gaúcho de Porto Alegre que mora comigo aqui em SP. Jovens, com uma intensa bagagem nas mãos - conhecimento, experiências, contatos, viagens, histórias - mas o futuro? Até este momento ainda é uma incógnita, na qual eu tenho me esforçado para desvendar, sem tanta pressa que me faça perder a razão na hora de decidir. Talvez ainda continue na AIESEC em algum lugar do mundo, talvez não. Quem sabe?

Sem mais momentos de reflexão, tive bons momentos desde que voltei. A rotina já voltou ao normal e nosso time está mais uma vez motivado e empolgado a terminar os próximos seis meses de gestão da melhor forma possível. Para que isso ocorra, precisamos planejar, e o local escolhido dessa vez foi Maresias, litoral norte do estado de São Paulo. Todo o time se reuniu para revisar planejamento, avaliar a performance, propor inovações e traçar estratégias de longo prazo para a AIESEC no Brasil. Impressionante ver o grau de desenvolvimento do nosso time após os seis primeiros meses de gestão, fiquei orgulhoso de verdade.

Como estávamos em Maresias, não teria cmo não curtir uma praia né?! Tentamos otimizar a agenda e conciliar momentos de trabalho com os de lazer. Nos atrasamos um pouco com as atividades, mas valeu muito a pena levando em conta o bom humor que isso nos trouxe.




Agora é pensar no que virá, sem pensar demais para não perder bons momentos. Acredito que boas novidades virão, afinal, essa é uma das possibilidades que a AIESEC oferece aqueles que realmente vivem a experiência. Em breve novos updates...