Há duas semanas, recebemos visitantes ilustres aqui na Costa Rica: Cintia, Breno e Eduardo vieram do Panamá de férias, sendo que o último veio em clima de despedida já que na próxima semana inicia sua aventura de 111 dias pela América Latina.
Eles chegaram por aqui no sábado a tarde e até aí, nenhum roteiro estava definido, mas uma coisa era certa (ou quase certa): iríamos saltar do maior bungee jumping da América Latina no domingo seguinte.
Sábado tranqüilo, brasileiros reunidos, começamos a vaquinha para um strogonoff e claro, cervejas. Lotamos a nevera como dizem por aqui. Pura Vida! Entre vacilos na cozinha, risadas, cochilos, fotografias e vídeos (Hey Apple!), saímos a noite para um bar libanês e terminamos na casa de uns poloneses que assim como nós estão de passagem pela Costa Rica.
O bungee estava agendado para as 11 da manhã. Todos acordados, café da manhã leve para não pesar o estômago e um mix de medo e empolgação que só foi se definir mais tarde. Saímos em um grupo de 7 pessoas – cinco brasileiros, uma guatemalteca e uma canadense – rumo ao Tropical Bungee, uma ponte metálica de 80 metros de altura sobre o Rio Colorado, cerca de 1 hora de San José.
Antes de chegar na ponte, passamos pelo check-in. Começou o frio na barriga ao assinar o termo de compromisso e pagar os 55 dólares que incluía o salto, transporte, um DVD e o melhor – um certificado de coragem haha! Ok com todos os procedimentos formais, continuamos o percurso e ao ver a tal da ponte, o mix de medo e empolgação se converteu em medo puro, cagaço prá ser mais honesto.
“Vamos, vamos rápido porque temos outro grupo que virá”, diziam os guias. E a pergunta que todos faziam era: quem vai ser o primeiro louco a se jogar disso aí? Não precisamos pensar muito. O Eduardo havia sido o único “corajoso” a pagar dois saltos de uma vez e, além disso, era sua despedida, portanto, dale Eduardo.
Troca de roupa, faz o sinal da cruz, grava depoimento para ter como recordação.pisa na plataforma e caminha (com dificuldade) até o abismo. 5, 4, 3, 2, 1...e meu amigo desaparece pendurado pela corda que nesse momento, passa a ser sua única e melhor amiga. Muito bem! E essa seqüência se repetiu até chegar a minha vez.
Ao subir naquela plataforma minhas pernas já não me obedeciam mais, tremiam mais que em meu primeiro exame de auto-escola. Pensei 3 vezes em não saltar, voltar atrás e pedir o reembolso de 50% do valor pago. Mas como dizem por aí, se está no inferno abraça o capeta e a contagem regressiva por parte dos amigos me ajudou a fazer a maior loucura que já cometi até hoje. Fui!
A sensação é indescritível, tudo muito rápido e intenso, mistura de medo e liberdade, cabeça um pouco tonta e vontade de pisar em solo firme. Valeu a pena a experiência e sem dúvida ficará na nossa memória como “histórias que contarei aos netos”. A vida é tão breve que vale a pena um pouco de loucura! Outras virão...
Confira aqui os nossos saltos, vale a pena: