domingo, 30 de maio de 2010

Costa Rica Radical


Há duas semanas, recebemos visitantes ilustres aqui na Costa Rica: Cintia, Breno e Eduardo vieram do Panamá de férias, sendo que o último veio em clima de despedida já que na próxima semana inicia sua aventura de 111 dias pela América Latina.

Eles chegaram por aqui no sábado a tarde e até aí, nenhum roteiro estava definido, mas uma coisa era certa (ou quase certa): iríamos saltar do maior bungee jumping da América Latina no domingo seguinte.

Sábado tranqüilo, brasileiros reunidos, começamos a vaquinha para um strogonoff e claro, cervejas. Lotamos a nevera como dizem por aqui. Pura Vida! Entre vacilos na cozinha, risadas, cochilos, fotografias e vídeos (Hey Apple!), saímos a noite para um bar libanês e terminamos na casa de uns poloneses que assim como nós estão de passagem pela Costa Rica.

O bungee estava agendado para as 11 da manhã. Todos acordados, café da manhã leve para não pesar o estômago e um mix de medo e empolgação que só foi se definir mais tarde. Saímos em um grupo de 7 pessoas – cinco brasileiros, uma guatemalteca e uma canadense – rumo ao Tropical Bungee, uma ponte metálica de 80 metros de altura sobre o Rio Colorado, cerca de 1 hora de San José.




Antes de chegar na ponte, passamos pelo check-in. Começou o frio na barriga ao assinar o termo de compromisso e pagar os 55 dólares que incluía o salto, transporte, um DVD e o melhor – um certificado de coragem haha! Ok com todos os procedimentos formais, continuamos o percurso e ao ver a tal da ponte, o mix de medo e empolgação se converteu em medo puro, cagaço prá ser mais honesto. 





“Vamos, vamos rápido porque temos outro grupo que virá”, diziam os guias. E a pergunta que todos faziam era: quem vai ser o primeiro louco a se jogar disso aí? Não precisamos pensar muito. O Eduardo havia sido o único “corajoso” a pagar dois saltos de uma vez e, além disso, era sua despedida, portanto, dale Eduardo. 


Troca de roupa, faz o sinal da cruz, grava depoimento para ter como recordação.pisa na plataforma e caminha (com dificuldade) até o abismo. 5, 4, 3, 2, 1...e meu amigo desaparece pendurado pela corda que nesse momento, passa a ser sua única e melhor amiga. Muito bem! E essa seqüência se repetiu até chegar a minha vez.



Ao subir naquela plataforma minhas pernas já não me obedeciam mais, tremiam mais que em meu primeiro exame de auto-escola. Pensei 3 vezes em não saltar, voltar atrás e pedir o reembolso de 50% do valor pago. Mas como dizem por aí, se está no inferno abraça o capeta e a contagem regressiva por parte dos amigos me ajudou a fazer a maior loucura que já cometi até hoje. Fui! 












A sensação é indescritível, tudo muito rápido e intenso, mistura de medo e liberdade, cabeça um pouco tonta e vontade de pisar em solo firme. Valeu a pena a experiência e sem dúvida ficará na nossa memória como “histórias que contarei aos netos”. A vida é tão breve que vale a pena um pouco de loucura! Outras virão...

Confira aqui os nossos saltos, vale a pena:





segunda-feira, 3 de maio de 2010

Uma carga a mais de energia


Esse último fim de semana terminou com uma mistura de sensações: cansaço e exaustão por ter trabalhado sábado e domingo e dormido pouco mais de 4 horas e ao mesmo tempo, energia totalmente renovada por ter trabalhado com algo que me dá muito prazer e satisfação. 


Para aqueles que fazem ou fizeram parte da AIESEC, já sabem muito bem que mistura é essa. Esse fim de semana tive a oportunidade de ser facilitador em uma conferência organizada por um dos escritórios dessa organização aqui na Costa Rica. Confesso que quando recebi o convite, fiquei pensando se seria uma boa opção já que ultimamente o trabalho tem exigido bastante dedicação. Mas não precisei muito tempo para dizer sim e começar a correria – construção de agenda, alinhamento com outros facilitadores, busca e criação de conteúdo, pre meeting, roll call – percebi que sentia falta desse ambiente que por quatro anos estive presente e que me faz tão bem.


Dessa vez foi uma experiência distinta das demais que tinha vivido anteriormente já que era uma agenda especialmente construída para os estudantes que irão, pela AIESEC, realizar um intercambio profissional em outro país. A idéia era levar a minha perspectiva como intercambista já que estou há cinco meses por aqui. Mais que isso, inspirá-los a buscar experiências diferenciadas e atuar como agentes de mudança na sociedade. Nada complexo, atitudes simples, mas que poderão influenciar os que estão ao redor e dessa forma gerar mudança positiva. Pelos feedbacks recebidos acho que atingi o objetivo!


Fora todo o conteúdo das sessões, tive o prazer de integrar um time com pessoas da Costa Rica, Panamá, Polônia, Venezuela e Brasil. Diversidade de idéias, pensamentos, modos de agir, mas que se convergiam na vontade de fazer uma conferencia inesquecível para os estudantes que tinham acabado de entrar na organização. E claro, diversão garantida em 100% do tempo, muitas risadas, histórias para contar, festas, drink games e pessoas que entraram para a minha lista de amigos pelo mundo!


Começo a semana bem, com a energia recarregada e a sensação de ter contribuído para que outras pessoas tenham a mesma oportunidade que estou tendo por aqui. E já penso nas próximas interações que terei com a organização. Gracias AIESEC por mais essa, já sentia falta!