sábado, 26 de junho de 2010

Uma Copa bem longe de casa


Há uma semana começou a Copa do Mundo na África do Sul e essa tem sido bem diferente de todas as outras Copas que assisti pela TV (a primeira que me lembro bem foi a de 94) com a família e os amigos em território brasileiro. E são muitos os motivos que a fazem diferente!


Estou morando na Costa Rica, um país que reúne milhares de fanáticos pelo futebol mas que nessa Copa teve a infelicidade de ser eliminado nas eliminatórias pelo Uruguay. Isso faz com que o clima seja menos festivo, afinal, o “time da casa” não está presente no grande evento.


Mesmo assim, a população se divide e apóia outras equipes: Brasil, Argentina e Espanha são as mais cotadas. Alguns vão também com Alemanha e outros com a Italia, mas essas duas são escolhas de uma pequena porcentagem. É engraçado conversar com os ticos e perguntar: “¿E usted, con quién va en el Mundial?” E para a nossa alegria muitos abrem um sorriso e nos respondem empolgados: “¡Yo voy con Brasil mae!”


Aqui, as ruas não estão enfeitadas de verde e amarelo, a cerveja não está estupidamente gelada e redonda nos bares que recebem reservas com 1 mês de antecedência, não rola trânsito antes do jogo e nem buzinas e carnaval depois. E, por incrível que pareça, até o Galvão Bueno com o seu famoso “Haja Coracao” faz falta nessas horas...(#calabocagalvao tb chegou por aqui).


Por estas e muitas outras razões que fazem do Brasil um lugar especial para assistir um Mundial (e imaginem em 2014!!!) ficamos nos perguntando como seria essa Copa longe de casa.


Na Novartis somos três brasileiros – eu, o Tiago, de Curitiba e o Caio, de São Paulo. Todos os jogos durante a semana coincidem com o nosso horário de trabalho, alguns às 8:00 e outros às 12:30. A solução foi AVISAR aos chefes que durante os jogos do Brasil estaremos concentrados na TV e o local encontrado foi a cozinha da empresa onde tem uma TV de 29 polegadas para a nossa alegria.


Não precisamos de muito esforço para mobilizar as pessoas que trabalham conosco para torcerem com a gente. A maioria delas está com o Brasil e muitos vieram de verde e amarelo no jogo de estréia. A gente levou camisa e bandeira para se sentir em casa nos 90 minutos contra a Coréia. E fizemos barulho...


No jogo contra a Costa do Marfim, no domingo, nos unimos à comunidade brasileira que vive por aqui. O Consulado do Brasil, junto com o Centro de Estudos Brasileiros, convidaram a todos para um clube onde haviam telões e algumas dezenas de brasileiros que, assim como nós, vieram parar na Costa Rica por algum motivo. Cerveja tica, canal tico, comida tica...mas com a mesma paixão que faz qualquer brasileiro largar o que quer que esteja fazendo para acompanhar a seleção!





E assim prometem ser os próximos jogos até terminar a Copa, com excessão da primeira semana de julho, quando estarei em Cuba. Não tenho a mínima noção de como será Copa por lá... Mandarei notícias da terra do Fidel, em breve! Saludos e que venha o hexa prá gente!


Um comentário:

Bárbara Teles disse...

Oi, Fofo!

Sem dúvida seu cenário é bem-bom por aí. Na Líbia, a sorte é que os Jogos caem à noite, senão, nada de ver. Cerva então? Aff.

Simbora do jeito que dá!

Em breve te mando news ;)
Beijão!